sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Dobrando os joelhos e quebrantando o coração




A pastora Louise Madeira, que é psicóloga e terapeuta familiar, em um de seus estudos contou a história de uma criança que sempre que saía de carro com a sua mãe, recusava-se a sentar no banco de trás e colocar o cinto de segurança, insistindo em ficar em pé apoiada no banco da frente, por fim sua mãe agarrou a criança pelos braços e a forçou a sentar-se no banco, após dar a partida, aquela mãe ouviu o filho dizer: ”Eu estou sentado só por fora, por dentro eu estou de pé”.
A rebeldia infantil de uma criança nos leva a analisar que muitas das vezes como cristãos , deveríamos ser maduros, mas ainda nos comportamos com imaturidade diante de Deus.
O apóstolo Paulo falando a igreja de Coríntios, (1° Corínitios 3:1-9) levanta esta questão, que eles deveriam estar se alimentando com comida sólida, mas Paulo só podia dar-lhes “leite”, pois eles ainda não suportariam mais do que isso, ainda estavam com “meninices”.
A passagem que nos fala do fruto do Espírito (Gálatas 5:16-26) chega a ser enigmática, quando percebemos que o nosso caráter muitas das vezes ainda é o do ser humano natural.
Conversando com uma irmã esta semana que me perguntava o que Deus queria dela, levantamos esta questão de sermos semelhantes a Jesus, de possuir o caráter dele, que é feito mediante entrega sem reservas. Muitos cristãos são mansos só por fora, por dentro a velha natureza ainda corrói o duro coração. É como se fosse o papel de um ator ou de uma atriz, a diferença é que podemos enganar as pessoas com o nosso comportamento, mas nunca enganaremos a Deus. Pra quem tem um temperamento difícil por exemplo, do tipo pavio curto , que quer bater em todo mundo ,não é suficiente só reprimí-lo, é necessária uma mudança verdadeira.
É comum identificarmos nas igrejas, muitos irmãos que seriam uma verdadeira benção, se não permitissem que o velho homem levantasse do “caixão” (Romanos 6:6); isso mesmo, quando recebemos a Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas, a nossa velha natureza deve morrer! A ira, a discórdia, a fofoca, a arrogância, a insensibilidade, não podem mais conviver com a natureza espiritual que nos foi dada por Jesus. A Bíblia nos diz (Tiago 3:11) como pode de uma mesma fonte jorrar água doce e água amarga. Simplesmente não é possível.
Hoje nas igrejas é comum vermos pessoas que acham que Deus “depende” delas, esse tipo de pessoas simplesmente não consegue perceber o quanto desesperadamente dependemos de Deus, a maioria é porque manifesta algum dom ou outro, mas alguns é porque são desprovidos de qualquer tipo de dom, então é melhor tentar ser auto suficiente do que admitir que possua limitações humanas como todo mundo. O apóstolo Paulo, reconhecia suas fraquezas e limitações, ainda assim um “espinho na carne” sempre lembrava-lhe da Graça de Deus (2° Coríntios 12:7-9). Se fosse hoje, provavelmente diriam que Paulo estava em pecado!

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”.
(1° Coríntios 13:11)

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