quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Direito ao suicídio?





O público britânico assistiu pela primeira vez, na noite desta quarta-feira, a imagens de um paciente terminal realizando um suicídio assistido.

O documentário canadense The Suicide Tourist (O Turista Suicida, em tradução livre), rebatizado na Grã-Bretanha como Right to Die? (Direito de morrer?, em tradução livre), mostra o professor universitário americano Craig Ewert tomando uma mistura de sedativos e em seguida se desligando dos tubos que o mantinham respirando. Cerca de 45 minutos depois, ele morre.

O filme, que foi ao ar pelo canal a cabo Sky Real Lives, provocou polêmica antes mesmo de ser exibido, com críticas vindas dos setores contrários ao suicídio assistido.

Entretanto, a viúva de Ewert, Mary, disse ao jornal britânico The Independent que o documentário quebra o "tabu" em torno do assunto, além de "ajudar as pessoas a enfrentar seus medos em relação à morte".

O paciente havia concordado em ser filmado.

Paralisado

Craig Ewert, que vivia em Harrogate, no condado britânico de North Yorkshire, tinha 59 anos quando morreu, ajudado pela polêmica organização suíça Dignitas, que tem assistido pacientes do mundo inteiro em sua decisão de tirar a própria vida.

Pai de dois filhos e casado com Mary por 37 anos, Ewert sofria de uma doença neurológica incurável que afetou toda a sua parte motora.

Antes de morrer, o professor escreveu: "Eu gostaria de continuar, mas realmente não consigo mais. Quando você está completamente paralisado, não pode falar, não pode andar, não pode mexer seus olhos, como pode mostrar aos outros que está sofrendo?".

No filme, Ewert é mostrado junto com a mulher e com o assistente social aposentado Arthur Bernard, que já acompanhou mais de cem suicídios assistidos pela Dignitas.

Mary pergunta ao marido se pode lhe dar um beijo e em seguida diz: "Faça uma boa viagem. Ainda te vejo um dia".

O suicídio de Ewert é a parte principal do filme, dirigido pelo canadense John Zaritsky, ganhador do Oscar de Melhor Documentário em 1983, por The Fifth Estate: Just Another Missing Kid.

O paciente também é entrevistado em sua casa, depois de ter pago 3 mil libras (cerca de R$ 11 mil) à Dignitas pelo suicídio. Além disso, foram realizadas filmagens na Holanda, no Canadá e nos Estados Unidos.

Ilegal

Na Grã-Bretanha a eutanásia é proibida. Pela lei, qualquer pessoa que ajude um suicídio no país pode ser processado por assassinato.

Por isso, muitos britânicos viajam à Suíça, onde a lei permite o suicídio assistido, desde que o próprio paciente tome um coquetel de sedativos e desligue ele mesmo qualquer aparelho que o mantenha vivo.

Ewert bebeu sua mistura com um canudo e desligou seu aparelho de oxigênio com os dentes.

A Dignitas já ajudou mais de 700 pessoas de 25 países a morrer, desde 1999.]
( Fonte BBC BRASIL)

Um comentário:

Reinaldo Carlos da Silva disse...

Que absurdo! realmente a maioria das pessoas tem dado mais ouvidos a voz do diabo que a de Deus, à primeira vista é algo normal pois a pessoa está sofrendo muito então para aliviar o sofrimento é melhor morrer, não sabem que o inferno é muitíssimas vezes pior que o sofrimento de um simples leito de morte.
Deus julgará essa tal instituição que ajuda as pessoas a suicidarem.
O Julgamento virá e não tardará.

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